terça-feira, 9 de dezembro de 2014

OS 10 MAIORES ERROS EM

MODELAGEM/DOCUMENTAÇÃO

DE PROCESSOS


O processo documentado deve ser entendido, portanto, como uma forma de explicitar o conhecimento sobre como as coisas são feitas. A explicitação do conhecimento do processo se dá em dois cenários possíveis:

• Caso o processo já exista, o conhecimento deve ser extraído dos executantes e especialistas atuais e tornado explícito de forma a que esse conhecimento possa ser disseminado, avaliado, diagnosticado, usado e/ ou transferido para outros consumidores do conhecimento, ou seja, executantes, especialistas e interessados. Em suma, o conhecimento deve ser captado a partir das suas fontes, explicitado, de forma compreensível e de fácil acesso, e disponibilizado para seus consumidores, envolvidos nas diversas iniciativas: treinamento, diagnose, melhoria, estão de custo, gestão de risco, entre outras.

• Caso se esteja criando uma nova versão de um processo, esse conhecimento deve ser formalizado e explicitado de forma a ser transferido aos tipos de executantes escolhidos. Em suma, o conhecimento deve ser formalizado pelos propositores do novo processo, explicitado de forma compreensível e de fácil acesso e transferido para seus futuros executantes.

Dinâmica do Conhecimento do Processo

Segundo Zahran(1), “Um documento de processo é um objeto morto. Ele só se torna vivo quando se transforma em conhecimento nos cérebros das pessoas e só se torna efetivo  quando esse conhecimento direciona o comportamento dessas pessoas”. Assim, se temos a modelagem/documentação do processo como uma forma de explicitação do conhecimento, dando origem ao “documento”, é necessária uma ação de internalização para, de maneira organizada, transferir o conhecimento para os executantes habilitando-os a executar, de forma padronizada, o processo. Essa internalização se dá por meio de treinamento e suporte no uso, no caso de pessoas, ou de alguma forma de programação, no caso de dispositivos. Para ter valor, o conhecimento deve ser externalizado, de uma ou mais formas, a partir de um conjunto selecionado de executantes do processo atual ou proponentes do processo futuro e posteriormente ser internalizado nos demais ou futuros executantes.
Assim, o conhecimento do processo só tem valor após concluído seu ciclo de transferências. Situação atual da Modelagem/Documentação de Processos de forma geral, a modelagem/documentação de processos tem sido feita como um fim em si mesmo. “Precisamos documentar todos os processos da Organização”, tem sido, muitas vezes, o lema. Entretanto, tem-se observado várias reclamações e questionamentos em relação a essa  abordagem, a saber:

• A modelagem/documentação gerada é disponibilizada sem que se observe o devido consumo desse conhecimento, dando margens para o questionamento de sua aplicabilidade;
• A modelagem/documentação tem um custo associado ao tempo despendido pelas pessoas em sua obtenção, sem um consequente retorno associado a essa iniciativa;
• A modelagem/documentação é exaustiva em detalhes, sendo pouco atrativa para pessoas interessadas em obter um conhecimento geral do processo ou pouco eficiente na obtenção de um conhecimento específico sobre parte do processo;
• A modelagem/documentação acaba expondo as unidades organizacionais a inspeções internas, visto que o que está descrito, na maioria das vezes, não é o que está sendo ou será feito.

Os Erros

Esse artigo explora os 10 maiores erros em modelagem/documentação de processos que tem levado aos problemas acima mencionados. Inicialmente serão apresentados os erros e, na sequência, comentados dando-se informações para que sejam evitados no futuro.

Os 10 maiores erros são:

1. Não considerar a modelagem como um problema de comunicação;
2. Modelar sem um objetivo claro;
3. Limitar-se a uma única notação;
4. Não gerir a expectativa em relação ao objetivo da modelagem;
5. Modelar sem um contexto de comunicação do processo bem definido;
6. Não identificar e organizar as partes antes de modelá-las;
7. Não ter critério para definir o nível de detalhamento adequado ao objetivo da modelagem;
8. Não avaliar corretamente a capacidade de transmissão do conhecimento do modelo elaborado;
9. Confundir disseminação com entendimento e adoção do modelo ou Confundir  documentação de processos com instituição de padrão de processo;

10. Colocar todas as informações de auxílio à execução do processo nos procedimentos

Framework de Gestão por Processos pela Elo Group





Neste vídeo você aprenderá a visão geral sobre o Método de Gestão por Processos da ELO Group.

A IMPORTÂNCIA DO GERENCIAMENTO DE PROCESSOS DE NEGÓCIO NAS ORGANIZAÇÕES

A gestão de processos de negócios (BPM) está ficando cada vez mais em evidencia e não é atoa, pois o foco nos processos vem gerando de fato resultados positivos para quem utiliza de forma correta os conceitos, e consequentemente as ferramentas que o BPM trás. É perceptível a  necessidade das organizações de tentar se estruturarem para gerenciar os seus processos e automatizá-los (Andrade et al., 2013).

Em contra partida, observando de forma geral a quantidade de empresas que não tem foco nos processos ou que não passa para organização como um todo, esta ideia ainda é grande, nem todas as organizações tem noção do potencial da gestão dos processos. Uma vez tendo essa noção, as  empresas poderão tomar decisões de forma mais lúcida para poder analisar, melhorar, medir e controlar de forma holística e uniforme todos os seus processos. Dentro deste contexto ainda existem as empresas que adotam gestão por processos, mas não seguem seu conceito e filosofia (Oliveira et al., 2012).

Alinhar a gestão de negócios da empresa com foco nos processos viabiliza uma melhor identificação de falhas ou determinados pontos do processo que com o menor custo possível podem melhorar os resultados. Do ponto de vista da TI o foco em processos pode  facilitar a modularização de sistemas computacionais.

Atualmente os processos de negócios tem sido fundamentais tanto no crescimento quanto no objetivo fim das organizações, sendo assim, torna-se clara a importância do uso dos conceitos de BPM para quem busca competitividade e destaque no mercado. Gerar um ciclo no qual os processos são modelados e avaliados com o intuito de melhorar os resultados dos mesmos tem se provado uma forma efetiva de conseguir destaque no mercado e portanto é uma ideia que pode ser aplicada a qualquer organização. Isso não necessariamente implica no uso de softwares e sistemas gigantescos que ajudem tomadas de decisão, muitas vezes uma pequena empresa precisa apenas de um quadro branco no qual alguns fluxos de processos são explicitados, e à medida que os gerentes alteram o conteúdo desse quadro o que se passa nada mais é do que uma aplicação de BPM de uma forma simples porém funcional para o caso.

Referências: http://faculdadeguararapes.edu.br/revista/index.php/reets/article/view/11/17