sábado, 6 de dezembro de 2014

BMPN - Parte 1 - Conceito e Níveis

Business Process Model and Notation (BPMN) é uma representação gráfica para representar os passos de um processo de negócio. Ela foi desenvolvida especialmente para coordenar a sequência de processos e as mensagens que fluem entre diferentes participantes dos processos em um conjunto relacionado de atividades. Ela fornece uma notação facilmente compreensível por todos os usuários do negócio, dos analistas de negócio que criam os rascunhos iniciais dos processos, ao desenvolvedor técnico responsável por implementar a tecnologia que executará aqueles processos, como também, as pessoas do negócio que irão gerenciar e monitorar os processos.

Ela foi desenvolvida pelo Business Process Management Iniciative (BPMI), com sua primeira versão sendo lançada em maio de 2004. Atualmente está na versão 2.0 lançada em março de 2011.

O BPMN define um Diagrama de Processo de Negócios (BPD), que é baseado numa técnica de fluxograma ajustada para criar modelos gráficos das operações do processo de negócio. Ele é uma rede de objetos gráficos, que são as atividades e os controles de fluxo que definem a ordem de execução.

Níveis BPMN


De acordo com Bruce Silver o BPMN pode ser usado em três diferentes níveis, de acordo com seu propósito:

1- Modelo descritivo - modelo de alto-nível, que normalmente ignora as regras de validação de diagramas, mas de fácil comunicação dentro da organização. É o tipo de modelo que os consultores mais falam sobre. Requer conhecimento sobre conceitos fundamentais como pools e lanes(raias), tarefas e subprocessos, e fluxo de sequência, mas não sobre as complexidades dos vários fluxos de controle e padrões de eventos.

2- Modelo analítico - mais detalhado, mostrando todos os detalhes, incluindo os caminhos de exceção, necessário para analisar o desempenho do processo usando simulação ou para definir requisitos detalhados para uma implementação de TI. Requer conhecimento de vários padrões de decisão e de união, eventos e tratamento de exceções.

3- Modelo executável - onde o BPMN é parte da implementação do processo executável. Embora esta capacidade seja um dos principais fatores da adoção do BPMN, sua modelagem é de certa forma dependente da ferramenta utilizada, pois a maioria delas não suportam toda a especificação BPMN, e muitas oferecem extensões proprietárias. Diagramas do nível 3 normalmente impõe restrições de validação adicionais além daquelas da especificação BPMN.

Nas próximas partes vamos focar nos elementos do modelo nível 1.  

fontes:
http://www.omg.org/bpmn/Documents/Introduction_to_BPMN.pdf
http://www.omg.org/bpmn/Documents/FAQ.htm
http://brsilver.com/three-levels-of-process-modeling-with-bpmn/

terça-feira, 2 de dezembro de 2014

BPM - O futuro direto do passado

Notícia retirada do site http://www.baguete.com.br/noticias/geral/21/09/2004/bpm-o-futuro-direto-do-passado, aborda o retorno da engenharia de software orientada a processos como uma tendência.

Após 20 anos, o desenvolvimento de software retoma o caminho da engenharia de software orientada a processo.
As metodologias de desenvolvimento de software foram atropeladas nos anos 80 por um movimento emergente, assíncrono ante tudo que vinha sendo feito até então e que forçaram um "stop" no pensar TI de então. Este movimento, verdadeiro fato novo, foi puxado pelas novas arquiteturas de hardware e pelo esforço de se estabelecer padronizações. Era o contrapondo às estruturas proprietárias nas quais havia sido escrita a história da automação comercial.
Esta era foi inaugurada pela utilização do microcomputador como elemento de processamento distribuído, pela utilização da rede local, pelos padrões gráficos de interface e dispositivos. Um novo mundo de necessidades e tecnologias acessórias que comandaram por 20 anos todas as iniciativas de investimento do mercado. 

O nosso legado desses anos é farto, e fruto deste desvio surgiram como os novos conceitos de automação de escritório, internet, computação pessoal, soluções distribuídas, o processamento distribuído e as aplicações cliente X servidor entre outras tantas coisas.

A mudança de filosofia e arquitetura gerou a necessidade de pensar o novo, dentro de suas possibilidades e restrições. Isto representou um atraso, uma perda de rumo.
Atualmente, com uma nova sedimentação das arquiteturas e meios, a tecnologia da informação volta-se com força para o modelo conceitual, uma prova disso são as novas ferramentas de Business Process Management (BPM).
Agora a tecnologia da informação, provida de outros meios, tem nas IDE dessas ferramentas instrumentos que permitem construir aplicações da mesma forma que são modelados, em partes. Modelam-se os processos, regras, funções, eventos, exceções, fluxos das informações e controles. 
O servidor de controle de aplicações fornece o suporte de controle, integração, mensageria, workflow, para automatização do modelo.

Assim, o modelo definido se acopla ao controle onde estes processos são colocados em produção, ou a prova, tornando o processo vivo. Como último estágio, é interligado as funções realizadas por modulo de sistemas, cabendo aqui um capítulo aparte a possibilidade de integração do legado.
As ferramentas de BPM permitem ser integradas a uma metodologia de desenvolvimento, sendo sua especificação parte da formação de requisitos de uma aplicação que será desenvolvida, orientada a processo, e este é o pulo do gato da nova tecnologia.
As soluções projetadas desta forma com modelagem orientada a processo, implementadas em um modelo de dados relacional consistente, desenvolvidas com conceitos de Orientação a Objetos e integradas em um Workflow, têm elevado ao máximo sua capacidade de assimilar os impactos da mudança nos processos das empresas, pois a correspondência é limitada aos componentes do processo.

Estudo de Caso: Software Ágiles 2.0

Este estudo de caso foi retirado do artigo Avaliação de ferramentas de Business Process Management (BPMS) pela ótica da gestão do Conhecimento publicado na Scielo.

Caracterização da empresa


Fundada em Belo Horizonte (MG) no ano de 1985, a Documentar Tecnologia e Informação Ltda possui, como principal negócio, a gestão estratégica de recursos informacionais, atuando também nas áreas de GC, modelagem de processos organizacionais e consolidação de sistemas normativos. Desta forma, a Documentar planeja e implanta soluções voltadas para as necessidades específicas de cada cliente, utilizando metodologia própria e recursos tecnológicos fornecidos por parceiros.
Atualmente, possui mais de 270 clientes corporativos atendidos em todo o Brasil e sua equipe é composta por mais de 450 profissionais especializados em diversas áreas do conhecimento. A matriz situa-se em Belo Horizonte com filiais no Rio de Janeiro e São Paulo. Segundo o Anuário da Revista Informática Hoje (2008), a empresa estudada está entre as 200 maiores empresas de TI do Brasil, ocupando a posição 189 do ranking com uma receita líquida anual de 6,8 milhões de dólares. Recentemente, expandiu suas operações para Argentina e Bolívia. Convém ressaltar que a empresa Documentar faz uso do sistema Ágiles tanto para automatizar seus processos internos, quanto processos de seus clientes, visto que também é representante comercial da ferramenta. No escopo desta pesquisa, foi avaliado apenas o uso interno do sistema BPMS.

Caracterização do BPMS


Web para automação, integração e gestão dos processos de negócios, sem muita necessidade de programação. A ferramenta foi desenvolvida de acordo com padrões do BPMI (Business Process Management Initiative). Segundo seus fornecedores, a ferramenta Ágiles busca promover a orquestração dos processos de negócios, dirimindo problemas tais como falta de documentação, falta de atualização e adaptação às necessidades organizacionais, bem como falta de informações sobre o histórico do processo e suas regras de negócios.
O Ágiles, em conformidade com a especificação do BPMI, implementa a seguinte metodologia de Gestão por Processos:
1. Levantamento, Documentação e Modelagem de Processos;
2. Automação e Integração dos Processos Internos e Externos;
3. Definição de Rotas e Regras de Negócios;
4. Análise e Controle dos Processos;
5. Otimização e Melhorias Contínuas.
Além de atender a todos esses requisitos e possuir todos os elementos que compõem um sistema BPMS, o Ágiles foi desenvolvido utilizando a plataforma recomendada pelo BPMI, bem como utiliza os padrões indicados para a modelagem de processos e a troca de informações entre sistemas.

Análise das funcionalidades do BPMS: aplicação do modelo de pesquisa


QUADRO 3 sintetiza o resultado da análise de cada funcionalidade da ferramenta Ágiles, realizada através da observação direta, leitura da documentação da ferramenta e entrevistas com o Gerente de Tecnologia da Documentar e o Sócio-Diretor da IMAGE Technology ao longo do 2º.semestre de 2008. Nos poucos itens em que houve divergência entre a avaliação do gerente da empresa e o fornecedor da ferramenta BPMS, a análise documental balizou a decisão.


A seguir, serão analisadas detalhadamente as funcionalidades do BPMS sob a perspectiva da GC.

Modelagem de processo de negócio


Na funcionalidade de padronização da representação do fluxo do processo, a ferramenta Ágiles utiliza-se da notação BPMN(Business Process Management Notation), desenvolvida pelo BPMI e amplamente difundida. O BPMN tem como principal finalidade prover uma notação que seja entendida por todos os usuários: pelos analistas de negócios, que criam os rascunhos iniciais dos processos; pelos desenvolvedores técnicos, que são responsáveis por implementar a tecnologia; pelos demais usuários, que irão gerenciar e monitorar os processos (WHITE, 2004).
Sobre a funcionalidade explicitação do fluxo de trabalho, em um módulo específico chamado Ágiles Process Design (APD), é possível registrar o fluxo do processo graficamente, utilizando-se da notação BPMN. Após fazer o levantamento junto aos usuários chave, o gestor do processo externaliza seu conhecimento modelando o processo de negócios na ferramenta, bem como programando ações e configurando propriedades que determinarão o comportamento do processo e de suas atividades. Quem está executando o processo pode ter acesso ao fluxo mapeado, visualizando todas as atividades e eventos programados, assim como em que etapa se encontra no momento do acesso.
Falta, no entanto, uma legenda que mostre a notação utilizada, pois o usuário que não conheça BPMN pode ter dificuldades em internalizar o fluxo mapeado. Portanto, há um atendimento parcial da funcionalidade.

Análise do processo de negócio


O sistema Ágiles dispõe de um módulo chamado Ágiles Process Analyzer & Monitoring (APA) que fornece informações, em tempo real, sobre a execução dos processos atendendo plenamente à funcionalidade de apontamento do caminho crítico em tempo real. O gestor define prazos e custos para a execução de cada atividade e depois compara dados dos processos em execução e encerrados, podendo ainda interferir nas instâncias em execução (suspendendo, reiniciando ou cancelando processos), no intuito de resolver algum problema identificado.
Os relatórios possuem uma interface de navegação bastante intuitiva para o usuário, permitindo que acesse informações consolidadas ou mais detalhadas, além de poder filtrar de acordo com suas necessidades. As seguintes informações são disponibilizadas para o gestor:
A- tempo e médias de tempos de execução de todas as instâncias de um processo; 

B- tempo e médias de tempos de execução de cada atividade de uma instância; 
C- tempo e médias de execução de cada tarefa de uma atividade.
Todas essas informações são disponibilizadas através da combinação de dados das diversas instâncias já executadas de um processo, permitindo a comparação das informações da instância em execução, das instâncias encerradas e dos padrões estabelecidos pelo gestor.
A funcionalidade de assinalamento de casos reais (instâncias do processo) para análise posterior não foi identificada na ferramenta, o que prejudica a colaboração espontânea dos envolvidos no processo. Isto porque, se um usuário identificar um problema ou uma oportunidade que uma instância possa representar para a organização, não terá condições de assinalar essa instância para que o gestor a analise posteriormente, perdendo informações importantes referentes a situações reais.
No que se refere à identificação de exceções, o Ágiles trata as exceções através de uma notação específica do BPMN, na qual o gestor programa um fluxo alternativo para tratar a exceção. Sendo assim, o gestor deve conhecer todas as exceções presumíveis na execução do processo, para que possa mapeá-las e definir regras e rotas no fluxo. Caso contrário, o processo fica parado, aguardando a intervenção do gestor para suspender a atividade ou cancelar o processo em execução.
Como o sistema trata a exceção como um caminho alternativo ao fluxo normal do processo, geralmente não se registra a ocorrência da exceção, prejudicando um controle mais preciso e o registro do histórico do processo. Da mesma forma, em caso de cancelamento do processo, a ferramenta não permite ao gestor o registro do motivo desse cancelamento, perdendo informações importantes para a empresa. Por estes motivos, o Ágiles não trata efetivamente os eventos não previstos pelo gestor, fazendo com que atenda precariamente esta funcionalidade.
Por outro lado, a ferramenta atende plenamente à funcionalidade de identificação de gargalos. Na modelagem dos processos, o gestor pode programar o tempo necessário para execução de cada atividade, bem como a regra de tratamento caso esse tempo seja excedido. Caso isso ocorra, a ação programada é disparada, como, por exemplo, envia-se uma notificação para o gestor do processo e para o responsável pela atividade atrasada.
Segundo Sordi (2005), ambientes de simulação possuem alto potencial para internalização de novas idéias e conceitos (QUADRO 1). A versão analisada do sistema Ágiles não possui um ambiente para realização de simulações, apesar de já estar em desenvolvimento pelo fabricante. Se disponível, o gestor poderia prospectar cenários para a execução do processo, alterando a quantidade de recursos envolvidos e analisando o impacto na no prazo e nos custos envolvidos na sua execução. A simulação agrega ao processo de negócios explicitado no sistema, novos dados que contribuirão para reestruturar o fluxo mapeado, configurando-se , portanto, a conversão do conhecimento através da combinação.

Gestão da informação sobre processos de negócio


A funcionalidade de recuperação de informações e gestão de conteúdo é plenamente atendida pela ferramenta. O Ágiles permite que documentos sejam anexados aos processos, assim como a edição de vários formatos de arquivos na própria ferramenta, suprimindo a necessidade de adquirir e acessar outros sistemas para este fim. A ferramenta permite que se crie uma estrutura de assuntos e também a criação de metadados para descrever um documento.
No caso da empresa Documentar, criou-se uma taxonomia para organizar os documentos. Os artigos técnicos, livros eletrônicos, as apresentações, dentre outros documentos técnicos foram organizados por assunto em uma taxonomia corporativa, bem como os documentos dos projetos. A recuperação da informação, portanto, tornou-se mais eficaz para o usuário, uma vez que o conhecimento se encontra categorizado em uma estrutura de assuntos.
A funcionalidade de gerenciamento de versões de processos é muito importante para ferramentas BPM, pois qualquer alteração que seja feita no processo, seja no fluxo de atividades, nas pessoas envolvidas ou nas regras de negócios, deve ser registrada. O Ágiles trabalha com versões publicadas (as que estão em uso), versões novas (em fase de elaboração) e versões obsoletas. Quando uma versão nova é publicada, a versão anterior torna-se automaticamente obsoleta, impedindo que seja apagada para que se mantenha um registro histórico confiável. Os documentos são controlados a partir de uma matriz de temporalidade, que controla quando os documentos vencem seu prazo de guarda e podem ser excluídos.
No entanto, há outros tipos de versões, concernentes às questões geográficas, que também poderiam ser tratados pela ferramenta. O processo de compras de uma organização, por exemplo, pode diferir-se de uma filial para outra localizada em um estado diferente. Apesar de ambas executarem o processo de compras, cada uma com suas especificidades, o Ágiles trata como processos diferentes e não como versões de um mesmo processo. Sendo assim, a ferramenta não permite a comparação dessas versões por considerá-los processos distintos, impossibilitando uma análise mais precisa e fazendo com que se gerencie parcialmente as versões dos processos.
Além de permitir que sejam anexados documentos como manuais e procedimentos aos processos, o Ágiles permite que se crie uma descrição para cada atividade, passível de ser acessada pelo usuário através de diversas formas. No entanto, essa descrição pode ser cadastrada apenas pelo gestor do processo, no momento da modelagem, impossibilitando que o usuário edite as informações posteriormente. Desta forma, o registro do conhecimento fica centralizado somente na figura do gestor, em detrimento de uma construção colaborativa e dinâmica da documentação do processo. Portanto, a funcionalidade de manuais e instruções on-line é atendida parcialmente pela ferramenta.

Colaboração


As funcionalidades de colaboração da ferramenta são limitadas a troca de mensagens textuais, em detrimento da utilização de recursos mais avançados, como áudio e vídeo, que incentivariam a socialização, caso estivessem disponíveis.
Por outro lado, o módulo de Gestão de Documentos do Ágiles possibilita que um documento seja criado de forma colaborativa. O Ágiles controla as edições e versões dos colaboradores em todos os documentos, possibilitando o registro de cada alteração. Os envolvidos em um processo podem ler e editar comentários nos documentos anexados ao processo, utilizando o editor da própria ferramenta.
Apesar de a modelagem do processo ocorrer de forma colaborativa assíncrona, os envolvidos na modelagem não podem trabalhar ao mesmo tempo no processo. Quando alguém está desenhando o fluxo ou programando as regras, por exemplo, o processo fica bloqueado, não permitindo que outra pessoa possa interferir. Assim sendo, o Ágiles não permite a colaboração em tempo real, impossibilitando que mais pessoas possam modelar um processo simultaneamente, fazendo com que atenda apenas parcialmente aos objetivos dessa funcionalidade.

Interação externa dos processos


No caso do Ágiles, utilizam-se web-services por ser um padrão baseado na Web para permitir interação entre aplicações. Do ponto de vista da Gestão do Conhecimento, a presença dessa funcionalidade mais técnica no modelo avaliativo é justificada pelo fato de permitir a integração de processos para além das fronteiras da organização. O Ágiles foi desenvolvido utilizando a plataforma recomendada pelo BPMI, bem como utiliza os padrões indicados para a troca de informações entre sistemas e para a modelagem de processos, atendendo plenamente essa funcionalidade.

Conclusão


[...]    No caso estudado, uma solução essencialmente de BPMS, cujo principal intento é apoiar a Gestão por Processos, mostrou-se uma opção interessante para o alcance de objetivos relativos à GC corporativo.
O sistema Ágiles mostrou-se eficiente no que se refere aos recursos para a externalização do conhecimento, uma vez que dispõe de funcionalidades direcionadas para a explicitação das regras e do fluxo do processo, para a documentação e para o registro de informações pertinentes ao monitoramento e análise dos processos.
A conversão do conhecimento através da combinação também se mostrou satisfatória, já que o sistema permite reorganizar ou reestruturar o conhecimento a partir da combinação de registros existentes na ferramenta, criando novos significados para os usuários. A gestão do conteúdo também se destacou, pois permite que os documentos relativos a um processo estejam anexados a ele, sem necessidade de recorrer a outros sistemas para fazer este tipo de gerenciamento. Os ganhos podem ser ampliados quando a organização lança mão da taxonomia corporativa, para que o conhecimento fique organizado e estruturado.
O suporte à internalização é parcialmente atendido, pois o conhecimento é registrado através de uma notação gráfica específica e, apesar do BPMN ser um padrão cada vez mais utilizado, possivelmente não será domínio de todos os usuários envolvidos, o que prejudica o entendimento do conhecimento ali registrado. Recomenda-se, portanto, que cada símbolo utilizado no fluxo do processo venha acompanhado de uma legenda ou uma breve descrição de seu significado, facilitando a compreensão por parte do usuário.
No que tange ao processo de socialização, o que se percebeu foi sua pouca representatividade na ferramenta. Se a ferramenta BPMS permitisse de fato a modelagem de processos de maneira colaborativa, com a participação simultânea dos envolvidos, haveria de fato um compartilhamento do conhecimento tácito através de uma sessão de discussão de opiniões acerca dos processos. A utilização de recursos de áudio e vídeo, por exemplo, poderia ser uma alternativa para suplantar os benefícios desta iniciativa, tornando-se uma maneira eficaz para a troca de idéias de forma mais interativa e dinâmica entre os colaboradores.
Conforme constatado neste estudo, a adoção de uma ferramenta de BPMS contribui para a GC à medida que colabora no processo de criação do conhecimento organizacional, seja através da combinação, socialização, externalização ou internalização. Por conseguinte, a organização se beneficia do desenvolvimento de diversos fatores, tais como: constituição da memória organizacional, através da documentação e do registro histórico dos processos; fomento da aprendizagem organizacional, permitindo que os usuários compartilhem seus conhecimentos com os demais colaboradores; gestão do conteúdo corporativo, agregando aos processos todo o conteúdo relevante de forma organizada; dentre outros.
O sistema Ágiles mostrou-se satisfatório no que diz respeito à Gestão do Conhecimento relacionado aos processos de negócios, embora necessite de melhorias para que atenda plenamente aos requisitos analisados. Cabe às empresas, portanto, avaliar qual a melhor solução BPMS dentre as diversas opções disponíveis no mercado, analisando criteriosamente as funcionalidades oferecidas, para que tenha seus objetivos efetivamente alcançados. Sendo assim, evidencia-se a necessidade de aprofundamento nos estudos acerca dos critérios para se avaliar ferramentas de apoio à Gestão por Processos, no intuito de fundamentar decisões mais consistentes e assertivas nas organizações. [...]

        Ferramentas que auxiliam a processos de negócios e gestão do conhecimento 


        Processos de negócio ineficientes, de diferentes visões entre participantes dos departamentos, sistemas de difíceis integração e mensuração dos ganhos e perdas relativas aos processos são características de uma grande parte de empresas atuais. Os processos de negócio mudam a cada dia e para acompanhar as necessidades advindas dele e dos problemas encontrados pelas organizações é indispensável uma infraestrutura de Tecnologia da Informação (TI) que suporte as mudanças de forma flexível e eficaz e que possua tecnologia suficiente para tratar os problemas encontrados no dia a dia pelas empresas.

       As ferramentas de BPMS propõem ajudar as organizações a suportarem seus processos de negócio automatizados permitindo assim visibilidade intradepartamental das informações presentes em um processo ajudando os gestores a realizarem rápidas tomadas de decisões impulsionadas pelo negócio, além disto, servem como uma camada para as integrações entre sistemas permitindo assim que as mudanças sejam realizadas de maneira muita mais rápida e eficiente.

        O BPMS através de um “motor” único permite ao usuário projetar, executar e gerenciar um completo processo de negócio na sua íntegra. (SORDI e SPELTA, 2005). A automação de processos ajuda a organização a coordenar esforços entre membros localizados em diferentes regiões geográficas. De acordo com o CBOK (2006), a automação do fluxo de trabalho pode criar notável aumento de eficiência, diminuição de custo e tempo na execução das atividades inerentes ao processo comparado a métodos baseados em papel.

       Segundo Bruce (2006), o BPMS quebra barreiras para trazer de ponta a ponta eficiência, agilidade, respeito e visibilidade para atravessar os processos pelas áreas funcionais da organização. O BPMS mesmo quando não implantado totalmente pode levar resultados significativos para a organização.

         As ferramentas de BPMS estão cada vez mais crescendo no mercado brasileiro, ocorre que muitas ferramentas não nasceram com um BPMS, mas sim como ferramentas de Workflow ou GED (Gestão Eletrônica de Documentos) e aos poucos foram customizadas, o problema é que os conceitos são bem diferentes tornando difícil a comparação entre as ferramentas. Baseada na necessidade de melhor conhecer algumas ferramentas de BPMS no mercado atual este estudo ajudam as organizações a buscarem uma solução que atenda as suas necessidades, utilizando critérios importantes para a escolha da ferramenta.

          São várias as ferramentas que hoje em dia realizam este tipo de automação. Dentre elas foi escolhida a ferramenta Ultimus Adaptive BPM para exibir a proposta que esta ferramenta apresenta para o auxilio no BMP.

Ultimus Adaptive BPM

Humanos Centric Abordagem - capacitar as pessoas, os rendimentos a melhorar

         A Ultimus Adaptive Business Process Management (BPM) Suite é uma solução de software de Business Process Management perfeitamente integrado para gerenciar o ciclo de vida completo dos processos-chave de negócios. Com a sua abordagem centrada no humano, a Ultimus BPM Suite capacita as pessoas em uma organização para conduzir a automação de processos e melhoria contínua.
         A suíte Ultimus BPM é baseado em um conjunto de módulos, perfeitamente integrados para fornecer uma empresa com as ferramentas para modelar, automatizar, gerenciar e otimizar seus processos de negócios. Cada módulo na suíte foi projetada para atender às necessidades específicas das partes interessadas BPM em uma empresa, incluindo gestão, proprietários de processos e os usuários, as equipes de TI e analistas de negócios. Ultimus combina suas inigualáveis ​​Tools Business         Process com as melhores práticas recolhidos através de milhares de implementações bem-sucedidas de apoio à estratégia de melhoria de processos em toda a empresa de uma empresa e também as necessidades dos usuários de fluxo de trabalho diário.
Seguindo um plano passo-a-passo, Ultimus acelera o desempenho de uma empresa por meio de:
  • Modelagem, análise e otimização de recursos implantados em interfaces gráficas de fácil utilização.
  • Relatórios e Business Activity Monitoring (BAM), apresentado por meio de painéis de desempenho, e-mail, medidores de mesa ou dentro de formas de processo.
  • Acesso conveniente para o fluxo de trabalho e formas através de e-mail, portais, ou clientes de colaboração.

Adaptive e Agile - ROI contínua para a sua Empresa

          Quando se trata de entrega de valor a longo prazo sobre o software da empresa, as aplicações devem ser capazes de se adaptar a fim de evitar dispendiosas substituições. Empresas de tecnologia de Gestão de Processos deve ser flexível o suficiente para lidar com exceções, gerir a mudança, e abordar as necessidades em evolução de toda a comunidade de usuários. A suíte Ultimus Adaptive BPM é composto de um conjunto único de tecnologias que fornece a capacidade de se adaptar às mudanças de fluxo de trabalho exigidas por uma organização em crescimento. Isso dá a sua empresa a agilidade para responder rápida e facilmente às mudanças organizacionais, ameaças competitivas, inovações em seu setor, e mandatos governamentais.
Especificamente, a Ultimus adapta-se a:
  • Pessoas - as necessidades das pessoas envolvidas na tomada de decisões e de fluxo de trabalho de condução;
  • Ecossistemas - Sistemas do front-end e back-end em sua companhia; e
  • Mude - as mudanças inevitáveis ​​em papéis, responsabilidades, políticas, procedimentos, requisitos regulamentares e sistemas novos ou modificados de TI.
          Para apoiar a capacidade de adaptação e resposta rápida tempo para mudanças, Ultimus ' BPM Software Suite disponibiliza um número de repositórios que armazenam artefatos e processar dados. Interfaces flexíveis permitem fácil acesso para que estes artefatos pode ser modificado, reutilizado, testado e reimplantado de um local central. Esta interface livre de código utilizável torna mais fácil e mais rápido para acessar e implantar mudanças nos componentes do processo.

Apoiar as necessidades de sua organização - desde Gestão para o Processo Usuários

       O Ultimus BPM Suite fornece Optimization Ida e Volta (RTO) em toda a organização. Cada módulo é projetado para atender às necessidades especiais de diferentes partes interessadas de software BPM, incluindo:
  • Os executivos que procuram visibilidade e controle sobre os processos-chave de negócios.
  • Proprietários de processos que querem usabilidade intuitiva e a capacidade de colaborar com os colegas. Eles também precisam de um conjunto rico, mas livre de código de capacidades que lhes permitam realizar uma análise de causa raiz e, em seguida, projetar e implementar melhorias de processo, como parte de uma equipe BPM.
  • O pessoal de TI que precisam de uma plataforma confiável, escalável e segura, que oferece suporte ao rápido desenvolvimento, administração robusta, e a capacidade de alavancar a infra-estrutura existente.

Fontes:



BPM suite da Oracle

Hoje a ideia é falar um pouco sobre uma, ou no caso várias ferramentas que sirvam de auxílio para que o BMP seja posto em prática em uma organização, portanto trataremos do Oracle BPM suite. Segundo a própria Oracle, processos de negócios estão no coração do que constrói ou destrói um negócio ou uma organização, e portanto é um tema que não pode ser ignorado na atualidade, sendo assim a Oracle desenvolveu um conjunto de ferramentas que auxiliam no BPM. O sistema da Oracle veio para auxiliar o em todo o ciclo do BPM, ajudando desde a definição dos objetivos do negócio, passando pela modelagem dos processos até chegar na melhoria da tomada de decisão, que ocorre em nível estratégico dentro das organizações.
Dentre as ferramentas mais interessantes desse grande sistema, está o  Oracle BPM Process Composer, no qual é possível definir de forma rápida os principais parâmetros usados nos processos e nas tomadas de decisões, tais como os tipos de dados tratados,  as regras que os envolvem, e até uma métrica a respeito desses parâmetros.
Como o próprio conceito de BPM deixa claro que a utilização deve ser expandida a diversas senão todas as áreas de negócios, nada mais interessante do que seguir esse conceito, o kit vem com uma ferramenta de modelagem de fácil assimilação, seguindo a linha de ação da Oracle, que busca sempre globalizar ao máximo seus produtos com intuito de espalhar a marca, como o famoso Java, servindo portanto para organizações que vão desde grandes redes de saúde até pequenas empresas de ramos completamente distintos.
Conclui-se aqui que a ferramenta aparenta ser completa e de muita praticidade para a prática de BPM, e como tal vale a pena ser adquirida, a seguir alguns links do site da Oracle:

http://www.oracle.com/us/technologies/bpm/overview/index.html

http://www.oracle.com/technetwork/middleware/bpm/overview/bpm-suite-12c-ds-2264242.pdf?ssSourceSiteId=ocomen

Ferramentas de Apoio ao BPM - BizAgi Process Modeler


BizAgi Process Modeler é uma ferramenta para criação de fluxogramas, mapas mentais e diagramas em geral. Ela permite aos usuários organizar graficamente vários processos e as relações existentes em cada etapa. Essa estruturação é uma maneira eficiente de visualizar um processo como um todo, identificando problemas e apontando a solução para eles.

Os conceitos ficam dispostos em caixas e as relações entre eles são especificadas por meio de frases de ligação, que unem cada um dos conceitos. A interface do programa é bem intuitiva, contendo todas as ferramentas para criação de diagramas e fluxogramas.

Modo Avançado

Defina o módulo básico ou avançado de opções.O programa opera em dois modos, básico e avançado.
O modo avançado oferece mais opções para melhor caracterizar o seu fluxograma, Incluir tarefas,relacionar a serviços apontar para um usuário, entre outras.



Clique em uma das opções de objetos e o insira no projeto.A inserção dos objetos podem ser feitas via interface, drag and drop, simplesmente arrastando e soltando os objetos.

A visualização de modelos, processos e todas as relações existentes entre eles pode ser distinguida por cores, deixando a representação gráfica mais detalhada e compreensível. Após a criação dos mapas e fluxos, o projeto pode ser salvo no formato PNG, JPG, BMP, DOC ou PDF.
Exemplo de fluxograma.




Fonte: 
trechos deste texto e imagens foram retirados do sítio http://www.baixaki.com.br/download/bizagi-process-modeler.htm

segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

BPM: abordagem poderosa para gerenciar a transformaçãoe inovação nas organizações.


Olá pessoal, hoje trago uma entrevista feita a Elo por Jan vom Brocke que é Professor, escritor e Diretor do Instituto de Sistemas de Informação na Universidade de Liechenstein e Presidente do Instituto Hilti Chair of Business Process Management. Segue a entrevista.

Elo: Em novembro, teremos o 5º Seminário Internacional BPM Global Trends, no qual você será um dos palestrantes, trabalhando o tema “Trazendo BPM para
a Alta Administração”. Hoje, o que você acredita que seja a maior dificuldade das organizações, tanto públicas quanto privadas, em conseguir dar uma visão mais
estratégica ao BPM?


Jan: É a criação de valor. Infelizmente, um número de abordagens é rotulado como BPM, mas não são verdadeiramente Gestão de Processos. Eles seriam melhor classificados como modelagem de processos, por exemplo. Um modelo sozinho não cria um valor positivo a não ser que você comece a fazer algo com este modelo e dê a ele um bom direcionamento. BPM,
quando trabalhado adequadamente, é uma abordagem muito poderosa para gerenciar a transformação e inovação nas organizações. Uma vez que você consegue demonstrar isso na sua organização, o reconhecimento estratégico de BPM aparecerá.


E: Em seus trabalhos, você aborda a visão dos 10 princípios para um bom BPM. Como você chegou a estes princípios e como, de uma forma geral, eles podem melhorar a aplicação de BPM nas organizações?

J: Eu desenvolvi esses princípios juntamente com colegas e parceiros de negócios em um de nossos grupos de BPM na Universidade de Liechtenstein, envolvendo mais de 20 especialistas, todos envolvidos na área academica e no mercado. Conduzimos seções de grupos focais que coletaram boas e más práticas que cada um de nós vivenciamos. Em seguida, agrupamos e consolidamos os resultados em diversas rodadas de discussão e revisão, resultando na lista dos 10 princípios. Esses princípios melhoram a aplicação de BPM Jan vom Brocke Professor, escritor e Diretor do Instituto de Sistemas de Informação na Universidade de Liechenstein e Presidente do Instituto Hilti Chair of Business Process Management. 19 nas organizações porque eles resumem o que você precisa considerar para conseguir implementar BPM com sucesso. Esses princípios são baseados no conhecimento obtido com pesquisa e prática nas ultimas décadas. Os princípios tornam o conhecimento acessível, pois dão uma representação bastante concisa deste conhecimento: fácil de entender e simples de aplicar ao delimitar a aplicação de BPM.

E: Com base nesses 10 princípios, qual seria o principal erro das organizações na adoção de uma estratégia voltada para BPM que faz com que as organizações tenham ainda uma adoção mais operacional de processos?


J: O principal erro das organizações é perder o “princípio do propósito”. Várias organizações adotam BPM no formato em que foram ensinadas a aplicar, como outros fazem, ou como consultores estão prontos para vender. Essas práticas resultam em modelos, fluxos de trabalho e simulações que lutam para conseguir atenção do corpo executivo da organização. Nós recomendamos que se comece sempre com o entendimento do propósito de uma iniciativa estratégica, para depois determinar o escopo exato da iniciativa de BPM de forma que seja possível cumprir esse propósito considerando o contexto específico da organização. O desafio é dominar o crescimento, por exemplo, em termos de produtividade, escalabilidade, qualidade, ou é promover a capacidade de inovação de uma organização? Nós precisamos conectar as iniciativas de BPM com questões estratégicas, pois BPM pode contribuir com essas questões. Posteriormente, precisamos definir escopo e tamanho da iniciativa de BPM, como é expresso no princípio do holismo. Muitas vezes, as medidas devem ser relacionadas, primeiramente, a questões organizacionais, como expressado nos princípios de habilitação, institucionalização e envolvimento. Decisões posteriores, como a das ferramentas que serão aplicadas, serão tomadas em seguida. 

E: Como você avalia a comunicação dentro desses princípios e como deve ser utilizada pela Alta Administração para ampliar a visão por processos dentro das organizações?

J: Eu vivenciei muitas situações nas quais esses princípios ajudaram muito a comunicar BPM dentro da organização, na verdade, em todos os níveis. A maior vantagem pode ser o nível de abstração, o qual é bastante adequado para capturar todos os aspectos relevantes de BPM e fazer isso de uma maneira que as pessoas acham que é fácil de entender. Uma vez que você segue os princípios, BPM é muito mais apreciado, já que você o apresenta (e determina) como uma forma de contribuir para as questões estratégicas significativas e relevantes de toda a empresa. Você abstrai dos detalhes (técnicos), mas claramente demonstra como BPM pode contribuir e sob quais conformes deve ser organizado. Se você possui 30 minutos para apresentar BPM para a diretoria executiva, este é o formato que você deve utilizar, e os 10 princípios servem como um check-list, dando a certeza que você abordou todos os aspectos importantes.


E: Um dos princípios busca trabalhar a questão do engajamento das pessoas nas organizações para garantir um bom BPM. Quais são os principais erros hoje cometidos pelos gestores que impedem que os demais colaboradores se motivem e adotem BPM?


J: Quando BPM está configurado como um projeto, por exemplo, em algum lugar do departamento de TI para “otimizar” algum processo, a exclusão é pré-determinada. Ao reconhecer isso, as organizações começam a obrigar as pessoas a gostar de BPM e concentram em questões como “como eu posso vender BPM?” ou “como eu posso motivar as pessoas a comprarem?”. Claramente, esta não é a forma correta de fazer. Na verdade, nós aconselhamos a começarem da outra ponta: primeiro responsabilizem as pessoas e depois providenciem as ferramentas que irão ajuda-las a realizarem seu trabalho de uma maneira melhor. Isso é muito natural na gestão, mas BPM não considerou que isso tenha sido suficiente nos últimos anos. Em nossos princípios, em particular, nós cobrimos isso através do princípio de institucionalização e do princípio de engajamento. 

E: Na sua opinião, qual é a importância de se customizar a governança para que a implementação das iniciativas de BPM sejam promissoras?

J: Claramente, customizar a governança é essencial. Primeiramente, a governança é essencial para (como mencionei acima) tornar as pessoas responsáveis e responsabilizá-las pelos seus esforços em BPM. Segundo, a estrutura de governança precisa encaixar nas necessidades da organização. Em nossos princípios, 20 nós trabalhamos isso através do princípio de consciência
do contexto: BPM deveria se encaixar no contexto da organização. Não se deve seguir uma abordagem de “receita de bolo”. Infelizmente, essas “receitas de bolo” são o que a maioria dos consultores gosta de vender e o que deixa os tomadores de decisão felizes também (à primeira vista). Entretanto, lutar contra os efeitos colaterais de uma governança errada pode produzir
um esforço muito maior posteriormente (em vez de tomar algum tempo para desenhar uma estrutura de governança personalizada). Fatores que precisam ser incluídos são, por exemplo, o tamanho e a cultura de uma organização bem como a estrutura organizacional existente. Além disso, o “estado de espírito” da organização, como por exemplo, determinada pela situação econômica ou projetos existentes, influencia na abordagem correta de BPM.


E: O que você espera trazer para os brasileiros na sua palestra e workshop no 5º Seminário Internacional BPM Global Trends?


J: Eu espero poder trazer a capacidade de determinar corretamente o alcance e o escopo de BPM para que os participantes sejam bem sucedidos em suas organizações. O Brasil possui um mercado fascinante, com oportunidades inacreditáveis, mas muito desafiadoras no futuro. Eu sei, através de exemplos de consultorias no Brasil, que, se BPM tiver seu escopo e alcance bem
determinados, pode ajudar muito as organizações a se beneficiarem de oportunidades e a dominarem seus desafios. Estou realmente muito ansioso para o seminário.