Após 20 anos, o desenvolvimento de software retoma o caminho da engenharia de software orientada a processo.
As metodologias de desenvolvimento de software foram atropeladas nos anos 80 por um movimento emergente, assíncrono ante tudo que vinha sendo feito até então e que forçaram um "stop" no pensar TI de então. Este movimento, verdadeiro fato novo, foi puxado pelas novas arquiteturas de hardware e pelo esforço de se estabelecer padronizações. Era o contrapondo às estruturas proprietárias nas quais havia sido escrita a história da automação comercial.
Esta era foi inaugurada pela utilização do microcomputador como elemento de processamento distribuído, pela utilização da rede local, pelos padrões gráficos de interface e dispositivos. Um novo mundo de necessidades e tecnologias acessórias que comandaram por 20 anos todas as iniciativas de investimento do mercado.
O nosso legado desses anos é farto, e fruto deste desvio surgiram como os novos conceitos de automação de escritório, internet, computação pessoal, soluções distribuídas, o processamento distribuído e as aplicações cliente X servidor entre outras tantas coisas.
A mudança de filosofia e arquitetura gerou a necessidade de pensar o novo, dentro de suas possibilidades e restrições. Isto representou um atraso, uma perda de rumo.
Atualmente, com uma nova sedimentação das arquiteturas e meios, a tecnologia da informação volta-se com força para o modelo conceitual, uma prova disso são as novas ferramentas de Business Process Management (BPM).
Agora a tecnologia da informação, provida de outros meios, tem nas IDE dessas ferramentas instrumentos que permitem construir aplicações da mesma forma que são modelados, em partes. Modelam-se os processos, regras, funções, eventos, exceções, fluxos das informações e controles.
O servidor de controle de aplicações fornece o suporte de controle, integração, mensageria, workflow, para automatização do modelo.
Assim, o modelo definido se acopla ao controle onde estes processos são colocados em produção, ou a prova, tornando o processo vivo. Como último estágio, é interligado as funções realizadas por modulo de sistemas, cabendo aqui um capítulo aparte a possibilidade de integração do legado.
As ferramentas de BPM permitem ser integradas a uma metodologia de desenvolvimento, sendo sua especificação parte da formação de requisitos de uma aplicação que será desenvolvida, orientada a processo, e este é o pulo do gato da nova tecnologia.
As soluções projetadas desta forma com modelagem orientada a processo, implementadas em um modelo de dados relacional consistente, desenvolvidas com conceitos de Orientação a Objetos e integradas em um Workflow, têm elevado ao máximo sua capacidade de assimilar os impactos da mudança nos processos das empresas, pois a correspondência é limitada aos componentes do processo.
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