terça-feira, 6 de janeiro de 2015

BPMN – Parte 5 - Gateways

São usados para o controle do fluxo de convergência e divergência. Eles determinam ramificações, bifurcações, combinações e uniões no processo.

Representação: São representados por uma forma de diamante. Marcadores internos mostram o tipo de controle sendo usado.


Tipos: Ícones no diamante indicam o tipo de comportamento do fluxo de controle. Tipos de controle incluem:

Tipos de Decisão
Definição
Notação
Gateway Exclusivo
Decisão baseada em um dado do sistema.

Gateway Baseado em Evento
Ponto no processo onde a decisão não é baseada nos dados do processo mas em eventos.

Gateway Inclusivo
Decisão inclusiva ou múltipla. Um ou mais caminhos podem ser ativados. Um ou mais dos caminhos precisam ser sincronizados dependendo das ativações prévias.

Gateway Complexo
Elemento para controlar pontos de uma decisão complexa. Por exemplo, quando 3 de 5 caminhos precisam esperar.

Gateway Paralelo
Indica pontos do processo no qual vários ramos se separam ou convergem em paralelo.


Com isso finalizamos os objetos de fluxo. No próximo post falaremos sobre objetos de conexão.

BPMN – Parte 4 - Eventos

Um evento é algo que acontece durante o curso do processo, afetando seu fluxo e normalmente tem um gatilho ou resultado.

Representação: são representados por círculos com um centro vazio, com a inclusão de diferentes marcadores para diferenciar um do outro.


Tipos: os tipos de eventos são classificados dependendo de quando eles afetam o fluxo:

Tipo de evento Nome BPMN Definição Notação
Início Início Representa o ponto inicial de m processo
Intermediário Intermediário Ocorre entre um evento de início e um evento de fim. Ele afetará o processo, mas não causará seu início ou fim.
Fim Fim Indica quando um processo termina.

Dentro de cada tipo de evento, eles são classificados pelo impacto no processo de fluxo. Por exemplo, alguns dos subtipos são: timer, cancelamento, erro, etc.

Eventos de Início


Nome BMPN Uso Notação
Mensagem de Início Um processo ativo envia uma mensagem para outro Processo específico para disparar seu início.
Timer de Iniício Uma data e hora específicas podem ser ajustadas (por ex. cada Domingo as 9h) que irá disparar o início do Processo.
Sinal de Início Um processo ativo envia um Sinal e dispara o início de um Processo. Note que o Sinal é enviado para qualquer Processo que possa receber o Sinal, porém não é uma Mensagem (que tem uma Remetente e Destinatário específicos)

Eventos de Fim


Nome BPMN Uso Notação
Terminar Este é o fim do processo. Pode haver mais de um em um fluxo. Se um processo alcança este evento, ele é fechado.
Cancelar Este tipo de Fim é usado dentro de uma Transação de Subprocesso. Ele indica que a Transação deve ser cancelada e disparará um Evento Intermediário de Cancelar ligado ao limite do Subprocesso.
Erro É usado para capturar erros, sejam eles identificados ou não. Todas as threads de um Subprocesso em particular são terminadas como resultado. O erro será capturado por um Evento Intermediário de Erro de mesmo nome.
Mensagem Este tipo de Fim indica que uma Mensagem é enviada a um processo ou caso ativo específico, na conclusão do Processo,
Sinal Este tupo de Fim indica que um Sinal será transmitido quando o Fim tiver sido alcançado. O Sinal é enviado a qualquer Processo que possa recebê-lo, mas não é uma Mensagem (que possui Remetente e Destinatário)

Eventos Intermediários


Nome BPMN Uso Notação
Timer Representa um mecanismo de atraso dentro do processo.
Compensação Indica que uma compensação é necessária. É usada para disparar um Evento de compensação. Se uma Atividade estiver identificada, e foi bem-sucedida, então a Atividade será compensada.
Exceção Caminhos de exceção em um fluxo ocorrem fora do fluxo normal de um processo e são baseadas em um evento intermediário que ocorre durante o curso do processo.
Erro Pode ser fixado no limite de uma atividade. Sempre interrompe a Atividade no qual está fixada.
Mensagem Pode ser usada para enviar ou receber uma Mensagem. Quando for usada para enviar uma mensagem, o marcador precisa estar preenchido. Quando for para receber uma mensagem, o marcador aparece não preenchido.
Link É um mecanismo para conectar duas seções de um Processo.
Sinal São usados para enviar ou receber uma comunicação geral entre Níveis de Processo, e entre Diagramas de Processo de Negócio.

Desenvolvimento de BPM em Centros de Serviços Compartilhados

Autores: 
Adriana Mota, Cristine Porto, Mariana Abreu, Rafael Clemente

Quando a operação de um Centro de Serviços Compartilhados  (CSC) é analisada, não há dúvidas que os conceitos de BPM (Business Process Management) são essenciais. A necessidade de entregar um serviço que satisfaça a demanda da área cliente, independente de quem atue no processo, faz com que o CSC tenha a visão integrada das áreas. A cobrança por serviços com maior qualidade, agilidade e menores custos obriga que essa área crie mecanismos cada vez mais eficazes de BPM, como, por exemplo, gestão à vista, melhoria contínua e etc. 

Nesse contexto de pressão organizacional, é comum que o CSC se torna um verdadeiro “celeiro” de práticas nessa metodologia, representando, em muitas empresas, um benchmarking interno de processos.

Mas será que os CSCs estão usando BPM em sua totalidade para melhorar o seu desempenho? Como podemos aprimorar a sua aplicação? 

O que se percebe é que, na maioria dos casos, as práticas de BPM são utilizadas para implantar melhorias de processos referentes à definição de papéis e responsabilidades das áreas do CSC e da organização, estruturar a relação cliente-prestador de serviços, definir e acompanhar indicadores e gerar um catálogo de serviços consistente. Porém, em uma realidade organizacional em que os resultados apresentados pelas áreas devem ser maiores e mais rápidos, é necessário que os CSCs tenham uma postura diferenciada em relação a como os seus processos podem alavancar a sua performance. Existe, portanto, um importante caminho de evolução a ser percorrido pelos CSCs. Esse progresso, que está relacionado à capacidade de geração de ganhos pela área, pode ser divido em três grandes estágios:


BPMN – Parte 3 – Atividades

Representam trabalho ou tarefa executados por membros da organização. Se refere a tarefas manuais ou automáticas executadas por um sistema externo ou usuário. Atividades podem ser atômicas ou não atômicas (compostas).

Representação: É representada por um retângulo com pontas arredondadas.


Tipos: Podem ser classificadas em tarefas ou subprocessos. Subprocessos se diferenciam por um sinal de + na parte de baixo central.

Nome BPMN
Uso
Notação
Tarefa de Usuário
É a tarefa de fluxo típica onde um humano executa uma Tarefa que precisa ser completa em uma certa quantidade de tempo.

Tarefa de Serviço
É uma Tarefa que usa algum tipo de serviço.

Tarefa de Recebimento
É uma Tarefa desenvolvida para esperar pela chegada de uma Mensagem. Quando a Mensagem for recebida, a Tarefa é completada.

Tarefa de Envio
Tarefa desenvolvida para enviar uma Mensagem para um Processo específico. Quando a Mensagem for enviada, a Tarefa é completada.

Script
Tarefa em que um script é executado por um servidor. Não há intervenção humana e não se conecta a um serviço externo.

Manual
Uma Tarefa onde se espera que seja executada sem ajuda de qualquer motor de execução de processo de negócio ou aplicação. Um exemplo disto seria uma secretaria preenchendo um documento físico.

Subprocesso
É uma atividade composta incluída em um processo. Reúne um conjunto de atividades e uma sequência lógica

BPM Ambidestro : Tornando BPM empolgante novamente

Escrito por: Michael Rosemann
Tradução: Rafael Freire
Fonte: Revista BPM em foco 4ª edição

Prof Michael Rosemann não está surpreso em ver BPM na lista das disciplinas de gestão que estão entrando na sarjeta da desilusão. Já faz tempo que os seus praticantes têm utilizado BPM apenas para explotar processos de negócios existentes. É hora de começar a explorar também – e tornar BPM emocionante de novo!

Seguindo a linhagem de Reengenharia de Processos de Negócios, Pensamento Sistêmico e Gestão da Qualidade, BPM se desenvolveu completamente como uma disciplina de gestão. Profundamente enraizado no movimento de melhoria contínua, BPM tem provado o seu valor para a melhoria
dos processos de negócio. Mas será que BPM também tem o que é preciso para impulsionar a inovação e o pensamento disruptivo?

“Nós sabemos como modelar, analisar, automatizar e agilizar processos. Entendemos como BPM pode nos ajudar a resolver problemas identificados nos processos. Na verdade, suas capacitações hoje em dia podem ser consideradas
uma commodity. No entanto, até agora, BPM como disciplina não foi bom no suporte na condução de iniciativas direcionadas por uma oportunidade, ao invés de direcionadas por problemas. Eu acredito que esta deva ser a próxima área de interesse em BPM para que este permaneça relevante dentro de organizações que procuram novas abordagens”

EXPLOTAÇÃO E EXPLORAÇÃO

A ambidestria do negócio é o balanceamento entre a explotação e a exploração: a primeira é focada em garantir a excelência transacional com uma concentração típica na redução de custos, a segunda baseia-se na excelência transformacional visando gerar receita líquida. E as organizações precisam estar aptas a fazer as duas coisas ao mesmo tempo, mesmo se elas requerem capacitações diferentes.

 “A ‘explotação de processos’ diz respeito à visão Inside-Out, reativa, e gestão de processos direcionada por problemas. Explotação examina um processo e corrige o que está errado. Eu chamo isso de fator de higiene organizacional: isto não anima os clientes ou os gestores, mas isto permite que o negócio se mantenha. A ‘exploração de processos’, por outro lado, é geralmente impulsionada por oportunidades de fora da organização (ex: tecnologias emergentes) e é proativa. Tendo o potencial de fornecer um enorme valor agregado, por meio da oferta de novos serviços ou inovação na transformação de produtos existentes. E isto representa um novo e empolgante desafio para os profissionais e pesquisadores de BPM. Entretanto, enquanto os atuais métodos, ferramentas e técnicas de BPM conseguem suportar bem a explotação, a exploração de processos ainda é imatura.”

“Como exemplo, considere o desenho de um novo processo de declaração anual do imposto de renda. Na abordagem clássica de BPM, a melhoria neste processo decorreria da análise dele, do levantamento das falhas (ex: retrabalhos, gargalos) e em seguida da melhoria reativa destas falhas identificadas no processo. Contraste isso com um explorador de processos, que busca as tecnologias disponíveis, práticas estabelecidas em outras indústrias e traz uma visão outside-in (de fora para dentro) sobre tributação. Ele pode pensar em uma tributação em tempo real (real-time), assim como ‘seguro em tempo real’, e em seguida trabalhar repensando fundamentalmente o processo e os serviços relacionados. O explorador de processos trabalha tendo como base uma visão de futuro direcionada pela estratégia (o que é excitante) , enquanto que o profissional atual foca nas atuais deficiências dos processos (o que é frustrante). Hoje em dia, este tipo de pensamento inovador geralmente ocorre sem o envolvimento do escritório de processos.”

“Tome nova tecnologias interessantes como a Internet das Coisas ou as mídias sociais – profissionais de BPM precisam completar o seu leque de ferramentas existentes com a abordagem que os ajudem a transformar essas novas e emergentes oportunidades em experiências totalmente novas. Isto requer que haja uma mudança de pensamento de ‘pontos de falha’ para ‘pontos de oportunidades’.”

A PERSPECTIVA OUTSIDE-IN (DE FORA PARA DENTRO)

Para ajudar a inaugurar esta nova fase do BPM, Michael vê a Gestão de Processos do Cliente (Customer Process Management – CPM) como uma maneira de aperfeiçoar processos dos clientes com serviços de valor agreado. Quanto mais estes serviços estiverem combinados com os processos dos clientes, mais eles serão bem recebidos. Em outras palavras, a cadeia de valor ‘do nascimento à morte’ como o processo em última instância, com uma lógica de desenho de processos centrado no cliente.

“Exploração e pensamento Outside-In promovem ambos o foco na total experiência com o processo, e não apenas em um detalhe ou no resultado do processo. Como exemplo pegue a minha organização, Queensland University of
Technology: no passado, a expectativa dos nossos clientes estava em vir para o campus, pagar pelo curso, assistir as aulas, fazer as tarefas, um exame e por fim se graduar. Agora, utilizando o pensamento da experiência com o processo, o desafio não é o de melhorar as aulas dentro de sala, mas em criar uma nova experiência de serviço, na qual, por meio da aprendizagem móvel e independente, os estudantes realizam pequenos cursos quando e onde quiserem pagando taxas incrementais (‘Pay as you learn’).”

INCORPORAÇÃO DO BPM AMBIDESTRO

Um explorador de processos pode ser caracterizado como um indivíduo extremamente extrovertido – uma pessoa que pensa no futuro, capaz de elaborar uma visão do processo separada de quaisquer obstáculos ou objeções práticas e, finalmente , transformar esta visão em realidade. De certa maneira, ele/ela traduzem oportunidades (tecnológicas) em um desenho (novo) de processo. Para fazer todo este trabalho, exploradores de processo precisam estar aptos a interagir com todos os tipos de pessoas da organização.

Michael acredita que a maioria dos escritórios de processos nas organizações são formados por pessoas mais analíticas, perfis que pensam Inside-Out devido ao foco tradicional de BPM em modelagem e em capacidade analítica. Portanto, é muito provável que as funções do explorador de processos sejam executadas por outras pessoas, e presumivelmente, a organização contará com outras ferramentas também.

“A organização ambidestra nos diz que precisamos de pessoas dedicadas e com as qualidades certas para a execução das funções do explorador de processos. Inovação e exploração de processos já existem, entretanto geralmente são desestruturadas e quase nunca vieram de uma iniciativa da equipe de BPM. No entanto, tanto a explotação quanto a exploração merecem um lugar no portfólio de serviços do escritório de processos. Para realmente incorporar o BPM ambidestro, os escritórios de processos devem atrair os perfis corretos e realizar a exploração em parte da sua oferta de serviços ao negócio.”

ENCONTRANDO O EQUILÍBRIO ENTRE EXPLOTAÇÃO E EXPLORAÇÃO

Então, como dedicar à atenção ideal tanto para a explotação e exploração de processos? “Eu acredito que isso é direcionado pela estratégia. As organizações que obtêm a vantagem competitiva por meio da eficiência e redução de custos provavelmente se inclinarão mais para a explotação. Por outro lado, as organizações que estão perdendo mercado deverão olhar mais para a exploração, a fim de encontrar maneiras de ter maiores chances de conquistar mercado por meio da identificação de necessidades dos clientes que ainda não foram exploradas e da criação de novos serviços.”

Retirar o BPM da sarjeta da desilusão será um grande desafio para todos os praticantes de BPM na próxima era do pensamento em processo e da transformação dos negócios. Mas pelo menos sabemos que isto será uma empolgante jornada – com BPM ambidestro no centro do movimento.

BPM vs. SOA

Segundo a wikipedia, temos que:
Service-Oriented Architecture (SOA), pode ser traduzido como arquitetura orientada a serviços, e é um estilo de arquitetura de software cujo princípio fundamental prega que as funcionalidades implementadas pelas aplicações devem ser disponibilizadas na forma de serviços. Frequentemente estes serviços são conectados através de um "barramento de serviços" (enterprise service bus, em inglês) que disponibiliza interfaces, ou contratos, acessíveis através de web services ou outra forma de comunicação entre aplicações. A arquitetura SOA é baseada nos princípios da computação distribuída e utiliza o paradigma request/reply para estabelecer a comunicação entre os sistemas clientes e os sistemas que implementam os serviços. (http://pt.wikipedia.org/wiki/Service-oriented_architecture).

http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/0/0a/Fig3.1.jpg
A imagem mostra a importancia dos serviços, que são tratados como pilares para todo o negócio segundo a ótica da SOA.

Com base na união entre os conceitos e aplicações de BPM juntamente com SOA, trago aqui um projeto de então estudantes de Sistemas de informação de Macaé no Rio de Janeiro, de 2010, mas que continua um tanto quanto atual e merece ser lido:

http://pt.slideshare.net/davissonhudson/bpm-vs-soa

Escopo de análise

Escopo de análise

Estabelecer o escopo dos processos incluídos na análise é uma das primeiras ações da equipe. Escopo é fundamental para decidir até que ponto a análise avançará e quanto será envolvido das funções de negócio. Por exemplo, para analisar um processo de recrutamento de recursos humanos, o escopo da análise pode incluir triagem do candidato no processo de seleção. Uma segunda possibilidade seria analisar a triagem no processo de admissão. Esse último escopo estenderia além dos processos tradicionais de recrutamento de recursos humanos para incluir uma nova orientação de contratação, registro de benefícios de empregado e processos de
provisionamento.

A seleção do escopo deve considerar os objetivos e resultados desejados da análise. O impacto nos processos relacionados antes e depois deve ser considerado apesar desses processos não fazerem parte do escopo. Se o objetivo estiver relacionado a processos de suporte, o entendimento dos processos para os quais proveem o suporte é essencial. Uma vez determinado o escopo da análise, deve-se considerar a profundidade da análise; evitar a paralisia por análise é primordial.

Pode ser necessário entrevistar várias pessoas em diversas funções de negócio antes de tomar decisões de escopo. Uma consideração importante é que quanto mais funções de negócio e respectivas atividades estiverem incluídas na análise, mais complicada e demorada ela será. Para apresentar progresso e gerenciar complexidade, a equipe de análise pode subdividir processos maiores e analisar subprocessos.

Fonte : trechos e definições retiradas do cbok guide abpmp v3

As Seis Perspectivas de um Processo

Escrito por: Roger Tregear
Tradução de Elisa Baruffi

Baseando-se no trabalho de Roger Burlton e Paul Harmon, eu defini seis perspectivas (conforme Figura 1) que nos permitem mensurar o desempenho dos processos: entradas, saídas, guias, habilitadores, fluxo e gestão. Essas perspectivas fornecem uma visão equilibrada do processo, levando em consideração tanto as necessidades dos clientes e demais partes externas interessadas, quanto as reais necessidades dos interessados internos.

Figura 1: As Seis Perspectivas de um Processo

As seis perspectivas dos processos estão definidas abaixo:

Entradas: tudo que entre em um processo e é transformado em saída.

Saídas: os resultados da execução do processo – o valor entregue pelo processo.

Guias: coisas que guiam ou restringem a transformação das entradas em saídas.

Habilitadores: pessoas, tecnologias e instalações utilizados para transformar entradas em saídas.

Fluxo: atividades detalhadas no âmbito do processo que desenvolvem e entregam valor. 

Gestão: governança de todos os aspectos do processo; supervisão das outras cinco perspectivas de
desempenho de um processo

Ao pensarmos em entradas, saídas, guias e habilitadores, tratamos o processo como uma ‘caixa
preta’. Não nos preocupamos com o que está “dentro”, mas focamos no contexto em que o processo está sendo trabalhado. Em seguida, transformamos o processo em uma ‘caixa de vidro’ para vermos o que está acontecendo dentro dele, através de um fluxo detalhado. Por fim, consideramos como todos os aspectos do processo estão sendo gerenciados. 

Essas seis perspectivas de processo são fundamentais na determinação das medidas de desempenho de processos e métodos de mensuração apropriados Figura 1: As Seis Perspectivas de um Processo19
e realmente críticos. Podemos até não concluir que as medidas são necessárias em cada uma dessas
perspectivas, mas a mensuração final virá de uma, ou mais, dessas perspectivas. 

Iniciando a análise


Embora os processos a serem analisados possam ter sido determinados no contexto corporativo, podem haver casos de prioridades concorrentes entre processos que precisam ser analisados. Por essa razão, análise   interfuncional deve incluir uma governança que estabeleça critérios de priorização e ordenação dos processos a serem analisados. Por exemplo, uma organização pode identificar os seguintes critérios:
• Processos primários, experiência de consumo e "momentos da verdade" da
     interação do cliente com a organização
• Rentabilidade das operações
• Suporte a processos primários
• Impacto de mudança interfuncional
• Impacto na estratégia de negócio
•Desempenho (custo, prazo, capacidade e qualidade)

Pontuações podem ser usadas para atribuir valores a esses fatores e a priorização pode ser recomendada com base em processos com maiores pontuações. Envolve avaliar cada processo atribuindo um grau de importância entre 1 e 10, sendo 10 o mais importante. Uma vez que cada membro da equipe tenha avaliado cada processo, é calculada a média dos resultados e o processo com a contagem mais elevada é o primeiro a ser melhorado.
Outro método de classificação é a criação de uma matriz importância x urgência

Cada processo é listado em algum lugar dentro da matriz baseado em sua
importância para a organização e urgência de realização. Aqueles processos que marcarem elevada importância e urgência são os que necessitam de mais atenção.Qualquer que seja o método escolhido para priorizar processos para análise, os processos selecionados devem diretamente atender objetivos da organização e ter um impacto positivo na experiência do cliente. Este aspeto é particularmente importante no uso de métodos de priorização de iniciativas, pois deve incluir a capacidade de previsão de mudança futura e de necessidades e expectativas de clientes.

Fonte : trechos e definições retiradas do cbok guide abpmp v3

STORY MINING: DESCOBERTA DE PROCESSOS ATRAVÉS DE STORYTELLING E MINERAÇÃO DE TEXTOS


INTRODUÇÃO

        A modelagem de processos tem sido adotada por organizações em contextos diversos. Embora seja uma prática importante, permanece sendo bastante complexa e custosa. A qualidade de um modelo de processo é diretamente relacionada com a representação mais fiel possível da realidade. Durante o levantamento do processo, percebe-se a dificuldade de compartilhar o conhecimento, muitas vezes presente apenas na mente das pessoas envolvidas com suas atividades.
        A abordagem mais utilizada envolve um analista conduzindo entrevistas com pessoas que realizam as tarefas, e a posterior representação do conhecimento adquirido através de modelos. Neste caso, a qualidade dos modelos depende fortemente da habilidade do analista responsável e das pessoas que descreveram o cenário do processo. Outros estudos indicam um caminho promissor de extração automática dos modelos de processos, através de técnicas de mineração sobre os logs de sistemas de informação, que suportam a execução do processo. Esta abordagem é denominada Mineração de Processos. Porém, os modelos gerados estão limitados às atividades automatizadas. Apresentamos um método que visa tratar o problema do viés dos analistas e entrevistados na abordagem tradicional, bem como a limitação das técnicas de mineração de processos. O objetivo é explorar uma nova solução, aprimorar a aquisição de conhecimento sobre o processo a ser modelado e facilitar a construção de um modelo de maior qualidade.

O MÉTODO STORY MINING

       Story Mining é um método que parte de histórias contadas por grupos de pessoas e extrai as informações necessárias para compor o modelo do processo (Gonçalves et al., 2011). Group storytelling (em português “Construção Colaborativa de Narrativas”) é a técnica de construção de histórias, na qual mais de uma pessoa contribui, síncrona ou assincronamente, localmente ou de maneira distribuída, em vários pontos do processo, através de diversas mídias. A técnica, e sua capacidade de representar o conhecimento tácito de diversos indivíduos, tratam diretamente as dificuldades no levantamento de processos de negócios, já permite capturar de maneira informal e espontânea o conhecimento de pessoas. Como ilustra a Figura 1, as três fases do método são: Contar Histórias, Minerar Histórias e Representar Processos. Na primeira fase, grupos de narradores são selecionados para participar do processo de levantamento do processo. Eles devem narrar fatos sobre o seu dia a dia de trabalho (instâncias do processo a ser modelado). 
      Nesta parte, é utilizada uma ferramenta colaborativa CONTI1 , para prover suporte para a construção de narrativas (Figuras 2 e 3). Os participantes constroem uma história da forma mais livre possível, explicitando seus pontos de vista da maneira mais fiel possível. A história é contada em grupo, por escrito, através de uma dinâmica assíncrona e distribuída. Portanto, não é necessário que os integrantes da equipe trabalhem ao mesmo tempo nem no mesmo lugar. Contar uma história sobre o que já aconteceu exige exercitar a memória, inspirar-se e buscar um ambiente tranquilo. Dar às pessoas a oportunidade de incluir informações na história a qualquer momento é mais produtivo do que impor a construção da narrativa com hora marcada ou sendo direcionado por perguntas em entrevistas. Para incentivar a colaboração e a comunicação entre os usuários, um participante pode comentar os eventos incluídos por outros. Nesse espaço, podem complementar informações e indicar discordâncias.
     Além disso, os participantes devem estar atentos para adicionar informações de contexto relevantes ao evento que estão contando. A segunda fase se inicia com a análise dos textos produzidos de modo a extrair elementos de um modelo de processo de negócio, como atividades, eventos, fluxos, entradas e saídas. Neste momento, técnicas de Processamento de Linguagem Natural e Mineração de Texto são utilizadas para a identificação dos elementos básicos de processos presentes na narrativa e suas relações lógico-temporais. 
       Finalmente, na terceira e última fase do método, os elementos extraídos serão convertidos em um modelo descrito pela notação gráfica BPMN. Vários modelos alternativos podem ser gerados a partir dos produtos das fases anteriores e do trabalho posterior do modelador. Estes modelos serão apresentados para os participantes, para suas validações e possível combinação, atingindo um modelo final de qualidade, que represente os elementos da narrativa e o consenso dos participantes. 

Postagem em Grupo.

Por que mensurar o desempenho dos processos?

Porque, se você não o fizer, todo o seu esforço de aná-lise e gestão de processos será uma perda de tempo; você não tem o controle total das coisas que realmente são importantes e prejudica a qualidade da tomada de decisão.

A única razão para fazermos análise, melhoria e gestão de processos é aprimorar o desempenho organizacional de maneira significativa. Nenhuma organização tem o problema chamado “nós não temos modelos de processos suficientes”. Sem mensurar, não sabemos se existe espaço para melhorias; não sabemos o que é significativo.

Processos de negócios são a maneira pela qual as empresas entregam valor a seus clientes. Tendo apenas isso como base, o argumento para mensurar o desempenho dos processos é facilmente criado: “Estamos entregando valor aos clientes de uma maneira que os impressione e seja sustentável para nós?”. O excesso de medidas internas – monitoramento de orçamento, conformidade com políticas, conclusão de projetos, gestão de pessoas etc. – diz pouco, ou nada, sobre entrega de valor. Desempenho de processos diz tudo.

Grandes resultados podem ser alcançados a partir de uma gestão orientada por processos, mas toda organização tem o direito, na verdade a obrigação, de solicitar que os envolvidos demonstrem continuamente que os benefícios prometidos se concretizaram.

O processo da gestão por processos também precisa ser melhorado continuamente. Para que isso seja possível, deve haver uma avaliação regular da eficácia das mudanças realizadas. Os profissionais de processos não estão trabalhando apenas para fazer recomenda-ções; o propósito deles é fazer mudanças positivas – e provar que eles fizeram isso.

Uma organização governamental em fase de implementação de um novo serviço deu muita ênfase ao
planejamento, criou muitos modelos de processo e participou de muitas reuniões com várias partes interessadas. Luzes verdes em todos os lugares, para que o serviço fosse lançado com toda a pompa devida. Dois dias depois, todos ficaram aliviados com o sucesso do lançamento; duas semanas depois começaram a surgir alguns murmurinhos de queixas; dois meses depois, a prestação de serviços era um impasse virtual e as queixas se intensificaram. Um mês depois disso, descobriu-se que um processo chave para realizar a entrega do serviço não estava sendo cumprindo, gerando um retrabalho significativo e longos atrasos excessivos.

Uma análise mais aprofundada encontrou uma maneira de reduzir esses atrasos em 95%. Após resolver o atraso, a prestação de serviços foi retomada, mas as lembranças do fiasco nunca serão apagadas das mentes dos clientes e funcionários. Não precisava ser assim. Uma análise cuidadosa das expectativas de desempenho do processo antes do lançamento e a medição adequada do desempenho do processo a partir do lançamento teriam evitado o problema, ou detectado anteriormente a situação, permitindo sua resolução antes que se tornasse um grande problema.

Mensurar o desempenho dos processos de negócios proporciona vários benefícios, tais como: 


  •  Evidência comprovada de níveis de serviço ao cliente
  • Melhor compreensão do desempenho multifuncional
  • Maior alinhamento das operações com a estratégia
  • Melhor compreensão de onde e como, os custos são incorridos
  • Determinação baseada em evidências das prioridades de melhoria de processos
  • Detecção de tendências de desempenho 
  • Melhor compreensão do alcance da capacidade de um processo
  •  Descoberta de problemas reais e latentes
  • Mudança de comportamento com base no feedback real
  • Melhor controle sobre os riscos que realmente importam

As iniciativas de BPM que não incorporam a mensuração do desempenho de processos vão falhar.
Mensurar processos nem sempre é fácil, mas sempre é possível. 


Quando efetuar a análise?

Quando efetuar a análise?
A análise de processos pode ser realizada em resposta a desvios em desempenho de processos ou acionada por eventos externos ou temporais (análise programada).

Estratégia organizacional

É comum as organizações regularmente atualizarem seus planos estratégicos, pesquisarem o mercado e o cenário de negócio para novas oportunidades e estabelecerem novas metas. Muitas dessas metas impactam a estrutura ou objetivos da organização e, portanto, os processos. Processos normalmente demandam uma revisão após alterações na estratégia organizacional.

Problemas de desempenho

Quando desvios no desempenho do processo são identificados, a análise de
processos permite fundamentar decisões sobre ações corretivas ou  elaboração de uma proposta para mudança do processo. Problemas de desempenho podem se manifestar de várias formas, por exemplo, qualidade não aceitável do produto ou serviço, ou não cumprimento de requisitos regulatórios de processos. Quando surgem problemas de desempenho, a análise de processos pode ajudar na identificação das causas-raiz.

Novas tecnologias

Avanços na tecnologia podem impactar positiva ou negativamente o desempenho de processos. A análise de processos contribui para avaliar como as novas tecnologias serão empregadas. Isso inclui uma compreensão de como e onde as novas tecnologias devem ser aplicadas para obter o máximo de benefício para a organização e qual será o impacto em outros processos.

Fusão | aquisição | cisão

Fusões, aquisições e cisões de negócio frequentemente resultam em processos desarticulados. A fim de obter o melhor resultado em fusões, aquisições e cisões, a análise de processos é uma etapa fundamental para estabelecer a capacidade requerida pela entidade resultante e, ao mesmo tempo, eliminar lacunas e redundâncias. No caso de cisões, a análise de processos pode ajudar a assegurar que os processos críticos sobreviverão nas entidades resultantes.

Mudanças em regulamentações

Mudanças nas condições econômicas, estratégias de mercado e também em
regulamentações podem rapidamente resultar em processos que já não mais
satisfaçam seu desenho original. Muitas vezes, entidades regulatórias que regem os negócios criam ou alteram regulamentações que exigem mudanças em processos de negócio. Realizar a análise de processos permite entender as mudanças regulatórias e administrar risco, controlar custos e minimizar o impacto no negócio. Organizações que atingem um alto nível de gerenciamento de processos podem buscar por oportunidades para integrar processos de suporte à regulamentação com controles de qualidade e, assim, obter economia de custos em comparação a organizações que tradicionalmente veem a conformidade regulatória como um complemento caro.

Fonte : trechos e definições retiradas do cbok guide abpmp v3

Pesquisa Nacional em Gerenciamento de Processos de Negócio (BPM)



Começamos essa postagem com um gráfico que representa a participação de organizações que fazem uso de BPM no Brasil:





grafico1

Esse gráfico faz parte de uma série de dados que podem ser encontrados na Pesquisa Nacional em Gerenciamento de Processos de Negócio, desenvolvida pela ABPMP Brasil,  em 2013, e nota-se o quão concentrado está o uso de BPM no setor privado. Essa pesquisa possui importancia  inestimável para o desenvolvimento da BPM no Brasil, tendo em que vista que  a pesquisa é densa o suficiente para demonstrar onde e o quanto o BPM tem sido mais utilizado no Brasil, e serve de base para incentivar mais a prática do BPM. Segue o link da pesquisa feita:

http://www.bpmglobaltrends.com.br/wp-content/themes/BPM/revistas/Pesquisa_Nacional_em_Gerenciamento_de_Processos_de_Negocio-2013.pdf

Analise de Processos

O primeiro passo

O primeiro passo para definir um novo processo ou atualizar um que já exista é criar um entendimento comum do estado atual ("AS-IS") do processo e como ele cumpr seus objetivos. Esse entendimento é alcançado através da análise de processos.

A análise de processos de negócio

A análise de processos proporciona uma compreensão das atividades do processo e os resultados dessas atividades e dos processos em relação à sua capacidade de atender as metas pretendidas. Analisa também as restrições e rupturas que interferem no desempenho do processo.
É realizada por meio de várias técnicas, incluindo modelagem, entrevistas,
simulações, entre outras. Muitas vezes, contempla estudo do ambiente de negócio, contexto organizacional do processo, fatores que contribuem para o ambiente operacional, características do segmento de negócio, regulamentações governamentais e do segmento de negócio, pressões de mercado e da concorrência.
A análise de processos constitui a base para o desenho de processos.




Por que fazer análise de processos?

Poucas pessoas realmente conhecem como o trabalho é de fato executado na
totalidade de um processo ou mesmo de uma área funcional. Gestores obviamente têm uma boa ideia, mas o fato de que muitas regras são criadas para atender "espaços em branco" de trabalho não automatizados e que a maioria das regras existentes é interpretativa, significa que ninguém realmente pode assegurar que qualquer atividade será executada da mesma forma duas vezes. Essa é uma razão para que a consistência de resultado seja um problema em muitas organizações.

A análise de processos é essencial para avaliar como os processos de negócio estão operando. O principal benefício de analisar o estado atual ("AS-IS") é o entendimento comum de como o trabalho é feito. Com a criação de uma avaliação inicial baseada em fatos documentados e validados, a análise do "AS-IS" pode ajudar na transformação de processos e melhor atender os objetivos de negócio.

A informação gerada a partir da análise de processos inclui:

•Uma compreensão da estratégia, metas e objetivos da organização
• O ambiente de negócio e o contexto do processo (por que o processo existe)
• Uma visão do processo na perspectiva interfuncional
• As entradas e saídas do processo, incluindo fornecedores e clientes
• Os papéis e handoffs de cada área funcional no processo
• Uma avaliação da escalabilidade, utilização e qualificação de recursos
• Uma compreensão das regras de negócio que controlam o processo
• Métricas de desempenho que podem ser usadas para monitorar o processo
• Resumo das oportunidades identificadas para aumentar a eficiência e a eficácia

A perspectiva ponta a ponta que uma visão de processos oferece, permite que gestores compreendam o escopo e o impacto dos problemas e onde eles iniciam. Essa é uma questão-chave na eliminação de problemas ou seu relacionamento com coisas que não podem ser mudadas (tais como uma regulamentação governamental ou uma restrição natural). Com essa fundação, será possível avançar para um modelo operacional baseado em aprendizado e transformação.

Fonte : trechos e definições retiradas do cbok guide abpmp v3
Continuando a série de exemplos de aplicações do BPM nas empresas, segue mais um caso:

Bureau Veritas atesta aumento de produtividade com BPMS



Informação desatualizada, falta de segurança e transparência para os dados, baixa possibilidade de monitoramento. Esses foram alguns dos problemas enfrentados pelo Bureau Veritas na prestação de serviços de certificação, hoje totalmente resolvidos com a adoção da ferramenta BPMS Supravizio.
O coordenador de operações do Bureau Veritas para o serviço de certificação de abertura de franquias, Douglas Noronha, conta que, antes do uso da ferramenta Supravizio, tudo era feito por e-mails e planilhas Excel, e a empresa percebeu que o follow up com o cliente era ineficiente e faltava um controle rígido do fluxo do processo.
“O tempo não era gerenciado e por isso não sabíamos se estávamos respeitando o SLA (acordo do nível de serviço)”, detalha.
Algumas etapas importantes não aconteciam, como o envio de comunicados aos envolvidos na transação; acompanhamento de produtividade da equipe; interligação com demais parceiros, como fornecedores e indústrias, e existia também morosidade na elaboração dos relatórios gerenciais.
Após a adoção do Supravizio, a primeira grande mudança foi na organização das tarefas. Douglas afirma que a melhoria na gestão das atividades e o ganho de produtividade foi imediato.
“Agora todas as informações do Processo de Abertura estão interligadas com cada etapa das atividades e evolução de cronograma de abertura e temos uma visibilidade importante de cada tarefa e do conjunto da transação”, afirma.

Aumentar a produtividade como principal resultado

Ao implantar o Supravizio, o Bureau Veritas conseguiu aumentar a produtividade de forma significativa, partindo de 120 lojas de conveniência franqueadas por ano para 181 unidades. Outro importante diferencial agregado foi a mudança em relação aos relatórios gerenciais, que antes consumiam dois dias por mês para associar todas as informações e atualmente são feitos em apenas 1 hora.

120 lojas

Produtividade anterior

181 lojas

Produtividade após implantação





Sobre o Bureau Veritas

Fundado em 1828, o Bureau Veritas é líder mundial em Testes, Inspeções e Certificação (TIC). Apoia os clientes a enfrentar os desafios crescentes de qualidade, segurança, proteção ambiental e responsabilidade social. Como parceiro de confiança, o Bureau Veritas oferece soluções inovadoras que vão além do mero cumprimento com as normas e respectiva regulamentação, reduzindo o risco, melhorando o desempenho e promovendo um desenvolvimento sustentável.
Fonte: 

BPM - Act


Act
O objetivo da fase Agir (Act) do ciclo de vida PDCA é definir ações e agir de acordo com os dados de desempenho do processo coletados na fase Verificar. Essa fase visa manter a integridade do processo e assegurar que ele possa ser melhorado continuamente para atender novas metas de desempenho ao longo do tempo.
Há duas categorias da fase Agir:
Instabilidade do ambiente: Ações em instâncias de processo com intervenção em tempo real ou em quase tempo real
Mudança no ambiente: Identificação e planejamento de mudança para definição e implementação de processos (mudando a forma como as instâncias do processo serão executadas no futuro)


A primeira categoria (ações em instâncias do processo) só pode acontecer onde existe o monitoramento de desempenho em tempo real ou em quase tempo real. Por exemplo, como parte de um processo de contratação de pessoal, o local de trabalho deve ser configurado dois dias antes da data de início do novo contratado, e o monitoramento do processo é realizado para assegurar que isso aconteça. Se não acontecer, a questão é escalada ao longo de um caminho definido para a resolução.
A segunda categoria (identificação e planejamento de mudança para definição e implementação de processos) é o ciclo de feedback que assegura a manutenção do processo em meio à mudança no ambiente, permitindo a melhoria contínua ao longo do tempo. Por exemplo, nas atividades de monitoramento na fase Verificar, pode-se determinar o seguinte sobre o processo de contratação de pessoal:
45% das configurações do local de trabalho não são concluídas dentro dos dois dias antes do início do novo contratado e devem ser escaladas, o que aumenta o custo da tarefa em $2.000 por incidente
95% dos especialistas em Recursos Humanos indicaram estar "insatisfeitos" ou "extremamente insatisfeitos" com as tecnologias de apoio para seleção e monitoramento de atividades
Uma nova exigência sindical dita que, para colaboradores recém-contratados em regime de tempo integral, uma avaliação ergonômica de seu local de trabalho e demais acomodações seja realizada dentro do prazo de um mês da data de início do trabalho
A liderança executiva estabeleceu um novo objetivo: reduzir o tempo para preenchimento de uma vaga para 22 dias úteis
Os exemplos acima representam mudanças potenciais para a definição e implementação do processo "TO-BE". Os dados que apoiam essas observações são coletados durante a fase Verificar, sendo que definições do processo "TO-BE" decorrentes dessas observações ocorrem na fase Planejar.


Portanto, a fase Agir deve considerar:
Coleta e agregação de dados e observações da fase Verificar
Análise desses dados e uma lista de observações ponderadas por criticidade e impacto . Desenvolvimento de recomendações para o tratamento de cada um dos itens da lista (requisitos de desenho de "TO-BE")
Classificação e priorização dos requisitos de modelo "TO-BE" para serem tratados durante a próxima fase Planejar do ciclo de vida PDCA 

Fonte : trechos e definições retiradas do cbok guide abpmp v3


Gestão de Processos de Negócio (BPM)



Para quem está chegando agora no blog, ai vai um pequeno resumo sobre o quê foi abordado até agora. Nesse resumo vamos falar um pouco sobre o conceito de BPM e ferramentas que facilitam seu uso.

BPM é a gestão de processos com abordagem holística focada em alinhar os processos das organizações as necessidades dos clientes. O objetivo do BPM é desenvolver processos de negócios eficientes e eficazes com flexibilidade baseados em tecnologia. Tem foco em melhoria contínua de processos e inovação. Uma organização com foco no cliente obtém maior satisfação dos clientes, melhor qualidade dos produtos, velocidade de entrega de produtos e serviços e libera produtos baseado nas necessidades e requerimentos do mercado.
Como uma abordagem gerencial, o BPM considera que os processos das organizações devem ser continuamente melhorados para oferecer valor agregado aos clientes e acionistas. A diferença dos tradicionais métodos de qualidade total (TQM, Total Quality Management) e Melhoria Contínua de Processos estão no uso de tecnologia para apoiar as transformações organizacionais. Inicialmente, o BPM tinha foco na automação dos processos de negócio com o uso da tecnologia da informação, porém com a evolução do conceito passou a integrar as interações humanas.
O BPM pode ser usado para entender as estruturas organizacionais a partir das relações entre os processos. O BPM permite abstrair os processos de negócios da plataforma da infraestrutura tecnológica. O BMP se propõe ir além da automação de processos de negócios através de software, mas permitir que as empresas respondam rapidamente às mudanças de comportamento dos consumidores. Quando incluídos em um modelo de processo, essas relações passam a ser a estrutura central do gerenciamento corporativo.
Evoluindo na sua abordagem de descrever e melhorar processos, o BPM a partir de 2010 permite acoplar outras metodologias no seu modelo de gestão, como o Six-sigma. Com isso, são disponibilizadas ferramentas que permitem:
  • Visão – funções estratégicas e processo;
  • Definir – situação do processo atual ou melhorias a serem implantadas;
  • Modelar – simular mudanças de processos;
  • Analisar – comparar as várias simulações para selecionar o melhor processo;
  • Melhorar – implantar a melhoria selecionada;
  • Controlar – a partir de métricas definidas, avaliar o impacto das mudanças em tempo real e avaliar novas mudanças;
  • Reengenharia – a partir do zero, desenvolver novos processos baseados na inovação para obter melhores resultados.
O uso das ferramentas de BPM acopladas aos métodos de melhoria contínua e inovação permite a introdução de escritórios de inovação com visão holística e ampliada apoiados fortemente por tecnologia da informação. Uma das grandes vantagens desse modelo é realizar simulações com base em dados reais e não assumidos.
BPM é considerado um componente crítico de soluções de Inteligência Operacional (OI, Operational Intelligence) que proveem informações de em tempo real, permitindo ações gerenciais rápidas e eficazes. Possuir informações em tempo real permite ajustar e automatizar processos com base em regras mensuráveis, minimizando procedimentos de exceção. Desta forma, o BPM pode ser visto como uma ponte entre a TI e o negócio.
Existem quatro componentes principais no BPM:
  • Engenharia de Processos – uma plataforma robusta de modelagem e execução de processos baseados em aplicações com regras de negócios;
  • Análise de Negócios – permite aos executivos identificar problemas, oportunidades nos processos de negócios e tendências a partir de relatórios e painéis de informações gerenciais (dashboards);
  • Gestão de Conteúdo – provê um sistema para armazenar e disponibilizar com segurança documentos eletrônicos, imagens e outros arquivos;
  • Ferramentas de colaboração – permite eliminar as barreiras de comunicação entre departamentos através de fóruns de discussão, áreas de trabalho dinâmicas e murais virtuais.
O BPM permite o gerenciamento fim-a-fim dos processos, a consolidação de dados e aumenta a visibilidade e o acesso aos dados e informação de forma controlada e segura. Aumenta a flexibilidade e a funcionalidade da infraestrutura e dos dados, integra os sistemas existentes através de uma arquitetura orientada a serviços (SOA, Services Oriented Architecture) e estabelece uma linguagem comum para alinhamento entre a TI e o negócio.
Um software de BMP deve incluir pelo menos as seguintes funções:
  • Modelagem de processos;
  • Gerenciamento de segurança;
  • Ferramentas de colaboração;
  • Gerenciamento de formulários;
  • Portal de fluxo de trabalho (workflow);
  • Monitoramento de processos; e,
  • Análise de processos;
Fonte: http://www.efagundes.com/tecnologias/Gestao_de_processos_de_negocios.htm