quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

BPM e engenharia de software

Esse post começa com trechos de um artigo feito por Keith Swenson e traduzido por Felipe Rodrigues no infoq em 2009 a respeito de BPM e engenharia de software, destacando diferenças cruciais entre ambos: 

 Um "processo de negócio" não é um programa.Ele pode ser suportado por um programa, mas um processo de negócio é a coisa que uma organização quer que seja feita. Pode-se dizer que o processo de negócio é o objetivo do programa, mas não o program por si só. Um processo de negócio é gerenciado por uma pessoa de negócio: alguém que entenda o "negócio" e decida por uma estratégia para aquele negócio, avalie quão bem o negócio está indo e decida como mudar o processo para ir de encontro às condições de mudaça. O engenheiro de software pode gerenciar o software, mas a pessoa de negócio gerencia o procesos de negócio.

Infelizmente, muitas pessoas que estudam sistemas BPM, frequentemente vem de uma base de engenharia de software e automaticamente assumem que BPM deve ter algumas características padrão de software. Engenheiros de software vêem o sistema como uma forma de enviar, receber e transformar informação e eles são treinados para reduzir os problemas de negócio em algo que pode ser executado nesses termos. Pessoas de negócio não focam em enviar e receber bytes, mas ao contrário, em responsabilidade e comprometimento. Isso é uma forma diferente de ver um processo de negócio. O efeito desta grande diferença é enorme. Ao tentar incluir tudas as características de engenharia de software com as as características do BPM (pessoa de negócio), o resultado pode ser algo que não é útil para ninguém. Há pessoas hoje que ainda acreditam que BPEL é a última palavra para implementar processos de negócio. BPEL somente fornece uma forma de enviar, receber e transformar... estes são requisitos de engenharia de software, não de negócios. Um engenheiro de software dirá que com essas primitivas você pode implementar qualquer coisa, provavelmente até mesmo uma planílha, mas foge completamente ao motivo de se ter uma planílha e BPM em primeiro lugar: porque eles não são engenharia de software.

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